Há alguns anos, temos percebido uma grande movimentação de homens e maquinas dentro da comunidade, mas sabemos de fato o que eles estão fazendo aqui?
Talvez saibamos, ou tenhamos uma desconfiança muito grande do que eles estão construindo, bom, com o passar dos dias vamos vendo, casas populares, asfalto, rede de esgoto, centro de saúde... Grandes conquistas alcançadas ao longo de muitos e muitos anos de luta de diferentes órgãos da politica da cidade. A conquista desse lugar, a não desapropriação que há muitos anos assolava a comunidade, foi um refresco pra cabeça de muitos pais de família que, ao saírem de manhã e pegarem o ônibus lotado, não sabiam ao certo se ao voltarem teriam seus tetos sobre suas cabeças. Muitas pessoas fizeram grandes mudanças em nosso bairro, cada um do seu jeito e utilizando das ferramentas e conhecimentos que tinham disponíveis para fazê-lo, seja articulando politicamente com alguma corrente partidária, seja distribuindo alimentos dentro dos núcleos, seja trabalhando com a juventude, das igrejas ou não, enfim, muitas lutas travadas, muitas batalhas vencidas. Após ser publicado que o Jardim Campo Belo não mais seria desapropriado, vimos crescer significativamente o numero de moradores e moradoras no bairro, seja no Campo Belo I, II, ou na Cidade Singer, São João, pois bem, ainda temos muito a pensar sobre como essas pessoas, poderão um dia, retomar as discussões e lutar por esse bairro, assim como as pessoas que moram há mais tempo defendem, lutar por esse bairro, não é simplesmente se candidatar para as eleições e se calar, logo após o pleito terminar, lutar por esse bairro, é não só, mas também, defender um lugar que abriga desde o nordestino retirante da seca, mas também o sulista, o mineiro, o carioca, enfim, um lugar de convívio comunitário que acolhe sem perguntar a origem, a etnia, a religião ou a orientação sexual de quem por aqui vive.
A(s) História(s) desse lugar, traz as pessoas tristezas e alegrias, ambas caminham de mãos dadas, contando um pouco da história pra dentro da cidade, a menos de 10 anos, o Jardim Campo Belo e região, hoje constituída por 40 mil habitantes de 17 bairros, era um dos bairros com maior índice de homicídios e violação de direitos dentro do mapa da exclusão social divulgado em 2005 pela prefeitura municipal, dentro disso, nossos governantes começaram a olhar para esse lugar, com o carinho e respeito que ele merece, de lá pra cá, alcançamos, digo alcançamos, pois foi uma conquista que beneficiou a todos moradores da comunidade, com as lutas travadas temos hoje, centro de saúde, praça de esporte, ainda que a mesma se resuma em um campo de futebol, asfalto nas ruas por onde os ônibus trafegam, agua encanada, essa a primeira conquista, pois sempre dependemos de poços e caixas d’agua, varias ONG’s e serviços municipais aqui se instalaram por aqui.
Em 24 de junho de 2006, o atual prefeito da cidade o Sr. Hélio de Oliveira Santos, assinou o lançamento do projeto VIP VIRACOPOS, projeto esse que iria beneficiar as famílias moradoras da região, no entanto o que vimos foi parte desse projeto ser executado, com um investimento de R$ 74 milhões, o projeto visava desde a implantação dos centros de saúde, até a arborização de praças e canteiros. Contudo, o que vemos exatamente é, o prédio do centro de saúde, pois não tem médicos, Campinas atualmente vive uma “crise” na saúde, a falta de profissionais, gera o mau atendimento aos usuários do SUS. Uma rede de esgoto instalada, ainda não funciona, pois a Estação Elevatória de Efluentes, teve edital publicado em 23 de fevereiro de 2008, ainda não sabemos quando ela entrara em operação. Enfim, conquistas que vieram e que de alguma forma estão sendo aplicadas e/ou melhoradas, as linhas de ônibus aumentaram em numero considerável, temos uma creche (Nave Mãe), enfim, as coisas melhoraram muito nos últimos 10 anos, mas foi graças à luta de seus moradores, que como citei no inicio, fizeram valer os seus direitos de cidadãos.
Acredito que mais pode ser feito, pois desde sua criação, o Jardim Campo Belo, sempre contou com pessoas que apoiam e lutam por esse lugar, mas percebo ultimamente um distanciamento das mesmas, por falta de espaços dentro das lutas da Associação atual, fico com a impressão de que, esses espaços não existam, para realizar a politica do “eu que fiz”, desmerecendo pessoas de índole e luta incontestáveis para dentro do bairro. Essas pessoas podem contribuir de alguma forma, alias elas querem voltar a contribuir, vou além, elas nunca deixaram de contribuir para o desenvolvimento do bairro, apenas se calaram diante a situação que hoje encontramos por aqui, movimentação de pessoas novas dentro dos movimentos, que chegaram e se apossaram, moradores que antes traziam suas ideias e pensamentos para somar de alguma forma, na busca por melhorias, hoje se sentem suas histórias de vida e conquistas desprezadas por aqueles que se dizem os donos do poder. Há anos estamos trabalhando na “marginalidade”, trago o sentido epistemológico da palavra que diz que é todo aquele que esta a margem, enfim, as conquistas aqui alcançadas são também esforço de quem esta hoje no centro do poder, mas com a ilegalidade de documentações não se legitima as ações feitas até então, ações essas que excluíram toda uma comunidade e nos colocou a mercê de pensamentos pessoais e direcionamentos impostos como, me desculpem, na época da ditadura, onde tínhamos que aceitar o que nos fosse dado e nos calar diante das injustiças e insatisfações de todos os que se opõem ao sistema.
Esse bairro tem muito ainda o que crescer e desenvolver, nos aspectos culturais, sociais e humanos, mas isso só será possível se todos estiverem envolvidos, se todos participarem da construção de um lugar melhor, não se omitindo, apontando não só os problemas que sabemos que são muitos, mas também como é possível achar uma solução de forma que minimamente beneficie boa parte dos que aqui vivem, transformando-nos em comunidade de fato, onde a luta do meu vizinho, mesmo que não seja a minha luta, depende também da minha força e ideias para facilitar a conquista.
Quanto à pergunta do inicio desse texto, bom, acredito que cada um tem a sua fantasia de resposta, por que a verdadeira resposta deve estar guardada dentro de uma gaveta, em alguma mesa, de alguma pessoa, pois ela traz a real dimensão do que estamos vivendo com tantas maquinas e homens trabalhando, mas também traz a verdade dos que aqui governam, e essa segunda se coloca em pauta, pode nos trazer perguntas ainda mais difíceis de responder...fique com a resposta que tem, ou nos ajude descobrir outras, cabe somente a você decidir o que quer.
ALEX BAHIA - MEU MUNDO E PENSAMENTOS
Paro pra pensar, viajo em tudo que vivo, faço, vejo e acredito...talvez seja utopia, mas ainda acredito na evolução do ser humano, acredito que um dia as desigualdades serão menores...basta colocarmos os sonhos e as idieas sem medo. "EU TENHO UM SONHO" Martin Luter King
sábado, 21 de agosto de 2010
Entendendo o que é VIP VIRACOPOS
Nos últimos anos, temos ouvido muito falar de uma tal região vip Viracopos, mas só sabemos o nome dela até hoje, pois é, essa tal de região vip Viracopos nunca foi nos explicada de forma a nos fazer entender todo seu processo e tão pouco, nos propiciou um espaço, para somarmos em sua construção, talvez seja por se tratar de uma politica mais partidária, do que participativa. Interesses de diversos setores da politica nacional estão envolvidos na construção da tal região, mas a população simplesmente não entende e aceita o que vem dos nossos governantes, vestem camisetas, fazem comentários de coisas que ouviram falar, fazem propaganda de uma proposta que não entendem, em algumas linhas vamos entender o que é, como foi pensada, quem esta envolvido e por que tem tantas pessoas preocupadas com a sua implantação.
Bom em 24 de junho de 2006 , foi lançado de maneira formal, à região vip Viracopos, com investimentos na casa de R$ 74 milhões de reais, provenientes do PAC (programa de aceleração do crescimento) do governo federal, esses recursos seriam implantados em obras de melhorias e construções de equipamentos públicos na região, o Jardim Campo Belo, receberia boa parte do investimento, por acredito eu, todo um histórico de exclusão e um alto índice de vulnerabilidade social, é, seria tudo muito lindo se depois de 4 anos e duas campanhas eleitorais, a de 2006 que reelegeu o presidente Luís Inácio Lula da Silva, e a de 2008 que também reelegeu o prefeito Hélio de Oliveira Santos, quatro anos se passaram e algumas obras foram realizadas com esses recursos, porém algumas ainda não tiveram seu inicio e algumas nem se quer tiveram seus editais de licitação publicados no D.O. M(Diário Oficial do Município), no seu lançamento no dia 24 de junho estavam presentes algumas autoridades, digamos influentes na politica da cidade, o Prefeito, claro a importância não poderia deixar de contar com tal autoridade, mas por outro lado estávamos no mês de junho como eu já disse e para outubro, faltavam apenas 4 meses...conseguiram entender?...Segundo o prefeito as obras seriam de suma importância para os moradores dessa região, e que, teriam prazo para inicio e fim, vamos pensar um pouco agora antes de retomar, vou citar palavras do prefeito na ocasião :
“...A luta é muitos anos e muitas gerações. O projeto começa agora em 2006 e vai até 2008 e vai sanar as necessidades sociais desta população...”
“...Teremos dificuldades ao longo do caminho, mas iremos vencer os desafios e cumprir todas as etapas do projeto, que vai trazer para esta região um dos melhores índices de desenvolvimento humano de Campinas...”
Pensando nessas duas citações do Sr. Prefeito, hoje em 2010, vejo que mais uma vez foi “passado um mingau” na boca da população, tanto nas presentes para mostrar numero para o prefeito, quanto para as que por algum motivo não estavam presentes no “coffe break” oferecido. Ainda temos muitas necessidades sociais aqui, temos um centro de saúde considerado para dentro da área da saúde “elefante branco”, prédio sem médicos, com um atendimento padrão de qualidade SUS, vocês entendem o que estou querendo dizer né?. Temos asfalto nas ruas que formam as linhas dos ônibus que atendem o bairro, mas não sei se vão se lembrar, que há algum tempo uma cratera engoliu um carro...saiu em um dos jornais de maior circulação popular de Campinas, NOTICIA JÁ, a seguinte chamada de capa PARECE O HAITI, não sei se vou chegar a um extremo falando isso, pois até onde me informei no Haiti, o terremoto matou mais de 100.000 (cem mil) pessoas, tá certo estamos pensando no NOTICIA JÁ, jornal sensacionalista que me faz ter saudade do NOTICIAS POPULARES, mas não podemos desprezar o poder de circulação desse instrumento, dentro do ônibus se observar com atenção vera pelo menos 10 pessoas com um exemplar, talvez pelo preço de R$0,60, ou talvez pela grande inteligência do monopólio da comunicação escrita de Campinas, que sabe que os brasileiros tem preguiça de ler e fazem um jornal com um resumo muito mal escrito de 5 ou 10 linhas. Bom eu sei que não moro no Haiti, respeito à dor de um povo que assim como nós brasileiros sofreu com a escravidão, exploração e hoje tem um dos menores índices de desenvolvimento humano, segundo a ONU. Falando em desenvolvimento humano, que é a fala do senhor prefeito Hélio de Oliveira Santos, ainda vejo, bom acho que não sou o único que vê, pessoas tendo seus direitos violados a todo tempo, basta dar uma boa olhada e veremos filas imensas em frente a uma entidade instalada no bairro, para retirar cesta básica, sei que muitos precisam realmente de um auxilio maior e de uma reestruturação, para seguirem suas vidas, mas por outro lado, cadê o acesso à oportunidade de emprego, educação, nossas crianças e adolescentes, são enviados para escolas da região, por que a escola que temos hoje não consegue atender a demanda. Não sei quais os indicativos são utilizados para medir o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), do Jardim Campo Belo, talvez seja aquele, da pesquisa da professora da UNICAMP, que apontou que hoje 60% dos moradores do bairro são felizes, felicidade não tem medida, já dizia o poeta, o brasileiro por si só já é um povo que ri da própria miséria, se utilizarmos o IDH oficial, veremos que não andamos pra frente apesar das melhorias, a qualidade de vida é ruim, falta saneamento básico, o esgoto ainda corre a céu aberto em alguns pontos do bairro, as fossas sépticas não são utilizadas em todas as residências para descarte de agua utilizada, algumas ruas ainda são intransitáveis pelo numero de erosões. A tática politica, funcionou muito bem, pois ambos foram eleitos e hoje 4 anos depois, não foram entregues as obras acordadas na assinatura de lançamento.
O projeto da região vip Viracopos foi considerado como o maior projeto de inclusão social do interior do estado de São Paulo e orçado em R$ 74 milhões, o projeto vip Viracopos abrange uma área de cerca de 8 milhões de metros quadrados.
Na ocasião do lançamento nossas lideranças estavam presentes e a única coisa que conseguiram falar foi que seriamos um bairro melhor que o Cambuí, bom, acredito que pra boa parte da população já é há muito tempo, viver na periferia nos faz ter mais humanidade com o sofrimento alheio, tomamos isso como nosso, basta olharmos os exemplos das casas que foram invadidas pela agua há algum tempo, quem esteve lá para socorrer, foram os vizinho, não foi nenhuma autoridade ou órgão que alias é competente e pago para isso.
Agora vamos ver algumas obras que foram propostas pelo projeto VIP VIRACOPOS e tentar fechar a discussão da importância politica para a cidade.
Obras e Transporte
Pavimentação das ruas que servem de itinerário de ônibus, além de drenagem de galerias e construção de guias e sarjetas nos bairros Campo Belo, Dom Gilberto e PUC I e II com investimentos de R$ 6 milhões. O projeto para o transporte na região inclui também linhas de ônibus e micro-ônibus, construção de estações de transferência e 31 pontos de paradas que farão parte do Intercamp – rede de transporte coletivo de Campinas.
Esgoto
Construção de rede coletora de esgoto com ligações domiciliares, coletor tronco e destinação para tratamento de esgoto que terá um custo de R$ 20,5 milhões.
Habitação
Construção de 255 casas populares por meio da Companhia de Habitação de Campinas (Cohab), mais 500 casas no Jardim Marisa e 500 moradias no Jardim Dom Gilberto por meio do Programa de Arrendamento Residencial (PAR). Para o projeto de habitação, os recursos são provenientes do Ministério das Cidades e somam R$ 34 milhões.
Equipamentos Sociais
Construção de dois Centros de Saúde (Jardim Fernanda e Campo Belo) com investimentos de R$ 1,7 milhão.
Construção de uma creche no padrão “nave mãe” para atender 650 crianças no Jardim Fernanda.
Construção de uma unidade de educação fundamental (EMEF) para 600 crianças no Jardim Marisa.
Construção de um Centro Integrado de Esporte e Lazer, com clube e campo de futebol.
Instalação de um Banco de Empregos.
Inserção dos jovens no projeto “Jovem.Com”, que tem como objetivo a inclusão digital de pessoas de baixa renda e que não têm acesso à informática.
Programa de Regularização Fundiária
Regularização de 13.934 lotes para o reconhecimento oficial dos endereços e da existência formal destes terrenos.
Reurbanização
Pavimentação das ruas e calçadas.
Arborização para levar mais “verde” para os moradores e, com isso, saúde e qualidade de vida.
Promover um novo traçado para bairro.
Tirem suas conclusões,
Politica + dinheiro público + povo sem informação = ?
Fonte de dados
http://www.sanasa.com.br/noticias/not_con3.asp?par_nrod=446&flag=TK
Bom em 24 de junho de 2006 , foi lançado de maneira formal, à região vip Viracopos, com investimentos na casa de R$ 74 milhões de reais, provenientes do PAC (programa de aceleração do crescimento) do governo federal, esses recursos seriam implantados em obras de melhorias e construções de equipamentos públicos na região, o Jardim Campo Belo, receberia boa parte do investimento, por acredito eu, todo um histórico de exclusão e um alto índice de vulnerabilidade social, é, seria tudo muito lindo se depois de 4 anos e duas campanhas eleitorais, a de 2006 que reelegeu o presidente Luís Inácio Lula da Silva, e a de 2008 que também reelegeu o prefeito Hélio de Oliveira Santos, quatro anos se passaram e algumas obras foram realizadas com esses recursos, porém algumas ainda não tiveram seu inicio e algumas nem se quer tiveram seus editais de licitação publicados no D.O. M(Diário Oficial do Município), no seu lançamento no dia 24 de junho estavam presentes algumas autoridades, digamos influentes na politica da cidade, o Prefeito, claro a importância não poderia deixar de contar com tal autoridade, mas por outro lado estávamos no mês de junho como eu já disse e para outubro, faltavam apenas 4 meses...conseguiram entender?...Segundo o prefeito as obras seriam de suma importância para os moradores dessa região, e que, teriam prazo para inicio e fim, vamos pensar um pouco agora antes de retomar, vou citar palavras do prefeito na ocasião :
“...A luta é muitos anos e muitas gerações. O projeto começa agora em 2006 e vai até 2008 e vai sanar as necessidades sociais desta população...”
“...Teremos dificuldades ao longo do caminho, mas iremos vencer os desafios e cumprir todas as etapas do projeto, que vai trazer para esta região um dos melhores índices de desenvolvimento humano de Campinas...”
Pensando nessas duas citações do Sr. Prefeito, hoje em 2010, vejo que mais uma vez foi “passado um mingau” na boca da população, tanto nas presentes para mostrar numero para o prefeito, quanto para as que por algum motivo não estavam presentes no “coffe break” oferecido. Ainda temos muitas necessidades sociais aqui, temos um centro de saúde considerado para dentro da área da saúde “elefante branco”, prédio sem médicos, com um atendimento padrão de qualidade SUS, vocês entendem o que estou querendo dizer né?. Temos asfalto nas ruas que formam as linhas dos ônibus que atendem o bairro, mas não sei se vão se lembrar, que há algum tempo uma cratera engoliu um carro...saiu em um dos jornais de maior circulação popular de Campinas, NOTICIA JÁ, a seguinte chamada de capa PARECE O HAITI, não sei se vou chegar a um extremo falando isso, pois até onde me informei no Haiti, o terremoto matou mais de 100.000 (cem mil) pessoas, tá certo estamos pensando no NOTICIA JÁ, jornal sensacionalista que me faz ter saudade do NOTICIAS POPULARES, mas não podemos desprezar o poder de circulação desse instrumento, dentro do ônibus se observar com atenção vera pelo menos 10 pessoas com um exemplar, talvez pelo preço de R$0,60, ou talvez pela grande inteligência do monopólio da comunicação escrita de Campinas, que sabe que os brasileiros tem preguiça de ler e fazem um jornal com um resumo muito mal escrito de 5 ou 10 linhas. Bom eu sei que não moro no Haiti, respeito à dor de um povo que assim como nós brasileiros sofreu com a escravidão, exploração e hoje tem um dos menores índices de desenvolvimento humano, segundo a ONU. Falando em desenvolvimento humano, que é a fala do senhor prefeito Hélio de Oliveira Santos, ainda vejo, bom acho que não sou o único que vê, pessoas tendo seus direitos violados a todo tempo, basta dar uma boa olhada e veremos filas imensas em frente a uma entidade instalada no bairro, para retirar cesta básica, sei que muitos precisam realmente de um auxilio maior e de uma reestruturação, para seguirem suas vidas, mas por outro lado, cadê o acesso à oportunidade de emprego, educação, nossas crianças e adolescentes, são enviados para escolas da região, por que a escola que temos hoje não consegue atender a demanda. Não sei quais os indicativos são utilizados para medir o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), do Jardim Campo Belo, talvez seja aquele, da pesquisa da professora da UNICAMP, que apontou que hoje 60% dos moradores do bairro são felizes, felicidade não tem medida, já dizia o poeta, o brasileiro por si só já é um povo que ri da própria miséria, se utilizarmos o IDH oficial, veremos que não andamos pra frente apesar das melhorias, a qualidade de vida é ruim, falta saneamento básico, o esgoto ainda corre a céu aberto em alguns pontos do bairro, as fossas sépticas não são utilizadas em todas as residências para descarte de agua utilizada, algumas ruas ainda são intransitáveis pelo numero de erosões. A tática politica, funcionou muito bem, pois ambos foram eleitos e hoje 4 anos depois, não foram entregues as obras acordadas na assinatura de lançamento.
O projeto da região vip Viracopos foi considerado como o maior projeto de inclusão social do interior do estado de São Paulo e orçado em R$ 74 milhões, o projeto vip Viracopos abrange uma área de cerca de 8 milhões de metros quadrados.
Na ocasião do lançamento nossas lideranças estavam presentes e a única coisa que conseguiram falar foi que seriamos um bairro melhor que o Cambuí, bom, acredito que pra boa parte da população já é há muito tempo, viver na periferia nos faz ter mais humanidade com o sofrimento alheio, tomamos isso como nosso, basta olharmos os exemplos das casas que foram invadidas pela agua há algum tempo, quem esteve lá para socorrer, foram os vizinho, não foi nenhuma autoridade ou órgão que alias é competente e pago para isso.
Agora vamos ver algumas obras que foram propostas pelo projeto VIP VIRACOPOS e tentar fechar a discussão da importância politica para a cidade.
Obras e Transporte
Pavimentação das ruas que servem de itinerário de ônibus, além de drenagem de galerias e construção de guias e sarjetas nos bairros Campo Belo, Dom Gilberto e PUC I e II com investimentos de R$ 6 milhões. O projeto para o transporte na região inclui também linhas de ônibus e micro-ônibus, construção de estações de transferência e 31 pontos de paradas que farão parte do Intercamp – rede de transporte coletivo de Campinas.
Esgoto
Construção de rede coletora de esgoto com ligações domiciliares, coletor tronco e destinação para tratamento de esgoto que terá um custo de R$ 20,5 milhões.
Habitação
Construção de 255 casas populares por meio da Companhia de Habitação de Campinas (Cohab), mais 500 casas no Jardim Marisa e 500 moradias no Jardim Dom Gilberto por meio do Programa de Arrendamento Residencial (PAR). Para o projeto de habitação, os recursos são provenientes do Ministério das Cidades e somam R$ 34 milhões.
Equipamentos Sociais
Construção de dois Centros de Saúde (Jardim Fernanda e Campo Belo) com investimentos de R$ 1,7 milhão.
Construção de uma creche no padrão “nave mãe” para atender 650 crianças no Jardim Fernanda.
Construção de uma unidade de educação fundamental (EMEF) para 600 crianças no Jardim Marisa.
Construção de um Centro Integrado de Esporte e Lazer, com clube e campo de futebol.
Instalação de um Banco de Empregos.
Inserção dos jovens no projeto “Jovem.Com”, que tem como objetivo a inclusão digital de pessoas de baixa renda e que não têm acesso à informática.
Programa de Regularização Fundiária
Regularização de 13.934 lotes para o reconhecimento oficial dos endereços e da existência formal destes terrenos.
Reurbanização
Pavimentação das ruas e calçadas.
Arborização para levar mais “verde” para os moradores e, com isso, saúde e qualidade de vida.
Promover um novo traçado para bairro.
Tirem suas conclusões,
Politica + dinheiro público + povo sem informação = ?
Fonte de dados
http://www.sanasa.com.br/noticias/not_con3.asp?par_nrod=446&flag=TK
domingo, 8 de agosto de 2010
Educação e Sociedade - Trabalho da FACUL
Pedagogia da Autonomia: Saberes necesários à prática educativa
Paulo Freire foi um dos maiores e mais significativos pedagogos do mundo. E, sem dúvida, o maior educador brasileiro. Pernambucano da capital, nasceu em 1921. Iniciou um processo de alfabetização com os oprimidos (como ele gostava de dizer), ensinado-os a ler e escrever. Para isso, desenvolveu uma metodologia própria, que passou a ser disseminada em todo o país. A bibliografia de Paulo Freire é conhecida e adotada em todo o mundo. Pedagogia do oprimido; À sombra desta mangueira; Cartas à Cristina; Pedagogia da esperança; A educação na cidade; Professora sim, tia não. A obra em questão, Pedagogia da autonomia, lançada alguns dias antes da morte do autor em 1997, parece ser o amarração entre as outras obras. O próprio Paulo Freire justifica a constante referência aos trabalhos anteriores: o tema central é a formação do docente sob a ótica educativo-progressista. Muitos aspectos abordados são recorrentes. Por isso, a referência. Este é um livro que deve ser considerado como texto essencial de leitura e reflexão pelos responsáveis da educação e formação a todos os níveis. A pedagogia proposta por Freire é construída sobre dois pilares: ética e respeito à dignidade e à autonomia do educando. Durante todo o livro, tópico por tópico, o autor dimensiona a importância da ética e do respeito na atividade docente. Paulo Freire nos mostra em seu livro que ensinar não é simplesmente transmitir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a produção do saber. Paulo Freire era aberto a debates e reuniões e uma das suas principais virtudes era ouvir críticas e, principalmente, auto-criticar-se permanentemente. Com isso modificava, revia e alterava conceitos. Como ele mesmo dizia: “cada vez mais incerto de suas certezas”. O tratamento dado à “conscientização” evidencia tal atenção às criticas sérias. Era um homem que tinha a capacidade de constante progressão, defensor do processo de conhecimento crítico. Era consciente de sua incompletude. O autor também revela insatisfação com o modelo neoliberal vigente. Para Paulo Freire, os neoliberais são tomados pela ideologia fatalista (“a realidade é assim mesmo, o que podemos fazer?”) e pela acomodação. Não se conforma com a recusa destes à utopia. Daí se justifica o tom raivoso que muitas vezes permeia o seu discurso. Uma raiva legítima, de quem não consegue aceitar cinicamente, passivamente, as injustiças as quais estão submetidos os “oprimidos” no mundo. Sua vontade de trabalhar, era tamanha que lhe rendeu até exílio. O livro é uma negação a essa ideologia mesquinha, imobilizante. Outra marca forte no discurso do educador é a “não-imparcialidade”, que aqui tem sentido da expressão popular “ficar em cima do muro”. Paulo Freire diz que em tempo algum pôde ser um observador imparcial, porque indignava-se com as injustiças (como já foi dito acima). Mas isso não significa que deixou a ética em segundo plano. O professor deve assumir uma postura, mas não deve tendencioso frente aos alunos para que eles adotem a mesma postura.
Paulo Freire não parou de “fazer história” e “ser feito por ela”. Suas propostas foram feitas para serem recriadas, conforme o cotidiano, o imaginário, os interesses e os valores, conforme as condições de vida de seu praticante, sejam educandos ou educadores. Para Paulo Freire, ensinar exige muitos fatores, estes são citados de forma clara e conclusiva. Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação. Uma das formas de luta contra o desrespeito dos poderes públicos pela educação, de um lado, é a nossa recusa a transformar nossa atividade docente em puro ‘bico’, e de outro, a nossa rejeição a entendê-la e a exercê-la como prática afetiva, o ser é ofendido e para ele é restrito o direito a democracia, quando acontece qualquer uma das práticas discriminatórias. O repudio de Paulo Freire, por tais ações se faz notável e deve ser a todo custo seguido, o pensar certo exige humildade. Ensinar exige reflexão crítica, sobre a prática educativa. Como cita o autor, a esta prática docente crítica, implicante do pensar certo envolve movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. O educando desenvolve o pensar certo em comunhão com o educador, tudo concorrendo para melhorias reais acerca da ‘prática - ensino – aprendizagem’. Quando há uma tomada de consciência sobre os fatos que envolvem a prática sendo cada educador um ser critico, autônomo de seus próprios atos, rigoroso metodicamente falando, pesquisador, que respeita os saberes prévios do educando, ético e moral, onde suas palavras e ações servem como testemunho, que não dá lugar para sentimentos discriminatórios, reflexivo, que assume a si próprio com seus acertos e seus erros, têm-se a certeza de que tal educador está andando e, pensando e ensinando a pensar certo. Educação, uma nova educação, só poderia ser possível com uma profunda mudança da sociedade, da política (“politicagem”), da ética, do cotidiano dos indivíduos e dos grupos sociais.
A democracia é tema básico da prática e da teoria de Paulo Freire, uma democracia liberal, social, socialista, mas, sempre democracia. A questão central que percorre todo o discurso freireano, em todos os momentos, é a educação e pedagogia enquanto prática e teoria contribuintes da “radicalidade democrática”. Essa nova educação não aceita a constante exploração dos oprimidos. Seria uma educação “para a autonomia e para a capacidade de dirigir”, para formar cidadãos plenos, enfim, uma educação cidadã. Segundo Freire todo educador deve acreditar que é possível ocorrer mudanças. Todos devem participar da história, da cultura e da política. Ninguém deve ficar neutro, nem estudar por estudar. Todos devemos fazer perguntas, não podemos ficar alheios. “Ser rebeldes e não resignados” .
“É a partir deste saber fundamental: mudar é difícil mas é possível, que vamos programar nossa ação político-pedagógica, não importa se o projeto com o qual nos comprometemos é de alfabetização de adultos ou de crianças, se de ação sanitária, se evangelização, se de formação de mão-de-obra técnica”. (FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia). É óbvio que Paulo Freire tem contribuições metodológicas fundamentais. É obvio que a sua proposta metodológica de alfabetização constituiu uma revolução respectivamente aos métodos que se utilizavam anteriormente, mas isto é apenas uma pequena parte das suas contribuições. Além disso, as suas contribuições metodológicas são apenas consequência das suas contribuições filosóficas, da epistemologia dialética e libertadora que caracteriza a sua pedagogia.
Por isso, apesar de Freire ter frases tão precisas, claras e convincentes, que faz com que as utilizemos frequentemente, não poderemos encontrar nelas nenhuma “receita”, mas sim o contrário: afirmações, questões, perguntas e inspirações que problematizam as nossas práticas e desta problematização encarregamo-nos de convertê-las em exigências para uma nova prática educativa.
"COMENTARIO SOBRE LEITURAS FREIREANAS"
Paulo Freire foi um dos maiores e mais significativos pedagogos do mundo. E, sem dúvida, o maior educador brasileiro. Pernambucano da capital, nasceu em 1921. Iniciou um processo de alfabetização com os oprimidos (como ele gostava de dizer), ensinado-os a ler e escrever. Para isso, desenvolveu uma metodologia própria, que passou a ser disseminada em todo o país. A bibliografia de Paulo Freire é conhecida e adotada em todo o mundo. Pedagogia do oprimido; À sombra desta mangueira; Cartas à Cristina; Pedagogia da esperança; A educação na cidade; Professora sim, tia não. A obra em questão, Pedagogia da autonomia, lançada alguns dias antes da morte do autor em 1997, parece ser o amarração entre as outras obras. O próprio Paulo Freire justifica a constante referência aos trabalhos anteriores: o tema central é a formação do docente sob a ótica educativo-progressista. Muitos aspectos abordados são recorrentes. Por isso, a referência. Este é um livro que deve ser considerado como texto essencial de leitura e reflexão pelos responsáveis da educação e formação a todos os níveis. A pedagogia proposta por Freire é construída sobre dois pilares: ética e respeito à dignidade e à autonomia do educando. Durante todo o livro, tópico por tópico, o autor dimensiona a importância da ética e do respeito na atividade docente. Paulo Freire nos mostra em seu livro que ensinar não é simplesmente transmitir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a produção do saber. Paulo Freire era aberto a debates e reuniões e uma das suas principais virtudes era ouvir críticas e, principalmente, auto-criticar-se permanentemente. Com isso modificava, revia e alterava conceitos. Como ele mesmo dizia: “cada vez mais incerto de suas certezas”. O tratamento dado à “conscientização” evidencia tal atenção às criticas sérias. Era um homem que tinha a capacidade de constante progressão, defensor do processo de conhecimento crítico. Era consciente de sua incompletude. O autor também revela insatisfação com o modelo neoliberal vigente. Para Paulo Freire, os neoliberais são tomados pela ideologia fatalista (“a realidade é assim mesmo, o que podemos fazer?”) e pela acomodação. Não se conforma com a recusa destes à utopia. Daí se justifica o tom raivoso que muitas vezes permeia o seu discurso. Uma raiva legítima, de quem não consegue aceitar cinicamente, passivamente, as injustiças as quais estão submetidos os “oprimidos” no mundo. Sua vontade de trabalhar, era tamanha que lhe rendeu até exílio. O livro é uma negação a essa ideologia mesquinha, imobilizante. Outra marca forte no discurso do educador é a “não-imparcialidade”, que aqui tem sentido da expressão popular “ficar em cima do muro”. Paulo Freire diz que em tempo algum pôde ser um observador imparcial, porque indignava-se com as injustiças (como já foi dito acima). Mas isso não significa que deixou a ética em segundo plano. O professor deve assumir uma postura, mas não deve tendencioso frente aos alunos para que eles adotem a mesma postura.
Paulo Freire não parou de “fazer história” e “ser feito por ela”. Suas propostas foram feitas para serem recriadas, conforme o cotidiano, o imaginário, os interesses e os valores, conforme as condições de vida de seu praticante, sejam educandos ou educadores. Para Paulo Freire, ensinar exige muitos fatores, estes são citados de forma clara e conclusiva. Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação. Uma das formas de luta contra o desrespeito dos poderes públicos pela educação, de um lado, é a nossa recusa a transformar nossa atividade docente em puro ‘bico’, e de outro, a nossa rejeição a entendê-la e a exercê-la como prática afetiva, o ser é ofendido e para ele é restrito o direito a democracia, quando acontece qualquer uma das práticas discriminatórias. O repudio de Paulo Freire, por tais ações se faz notável e deve ser a todo custo seguido, o pensar certo exige humildade. Ensinar exige reflexão crítica, sobre a prática educativa. Como cita o autor, a esta prática docente crítica, implicante do pensar certo envolve movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. O educando desenvolve o pensar certo em comunhão com o educador, tudo concorrendo para melhorias reais acerca da ‘prática - ensino – aprendizagem’. Quando há uma tomada de consciência sobre os fatos que envolvem a prática sendo cada educador um ser critico, autônomo de seus próprios atos, rigoroso metodicamente falando, pesquisador, que respeita os saberes prévios do educando, ético e moral, onde suas palavras e ações servem como testemunho, que não dá lugar para sentimentos discriminatórios, reflexivo, que assume a si próprio com seus acertos e seus erros, têm-se a certeza de que tal educador está andando e, pensando e ensinando a pensar certo. Educação, uma nova educação, só poderia ser possível com uma profunda mudança da sociedade, da política (“politicagem”), da ética, do cotidiano dos indivíduos e dos grupos sociais.
A democracia é tema básico da prática e da teoria de Paulo Freire, uma democracia liberal, social, socialista, mas, sempre democracia. A questão central que percorre todo o discurso freireano, em todos os momentos, é a educação e pedagogia enquanto prática e teoria contribuintes da “radicalidade democrática”. Essa nova educação não aceita a constante exploração dos oprimidos. Seria uma educação “para a autonomia e para a capacidade de dirigir”, para formar cidadãos plenos, enfim, uma educação cidadã. Segundo Freire todo educador deve acreditar que é possível ocorrer mudanças. Todos devem participar da história, da cultura e da política. Ninguém deve ficar neutro, nem estudar por estudar. Todos devemos fazer perguntas, não podemos ficar alheios. “Ser rebeldes e não resignados” .
“É a partir deste saber fundamental: mudar é difícil mas é possível, que vamos programar nossa ação político-pedagógica, não importa se o projeto com o qual nos comprometemos é de alfabetização de adultos ou de crianças, se de ação sanitária, se evangelização, se de formação de mão-de-obra técnica”. (FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia). É óbvio que Paulo Freire tem contribuições metodológicas fundamentais. É obvio que a sua proposta metodológica de alfabetização constituiu uma revolução respectivamente aos métodos que se utilizavam anteriormente, mas isto é apenas uma pequena parte das suas contribuições. Além disso, as suas contribuições metodológicas são apenas consequência das suas contribuições filosóficas, da epistemologia dialética e libertadora que caracteriza a sua pedagogia.
Por isso, apesar de Freire ter frases tão precisas, claras e convincentes, que faz com que as utilizemos frequentemente, não poderemos encontrar nelas nenhuma “receita”, mas sim o contrário: afirmações, questões, perguntas e inspirações que problematizam as nossas práticas e desta problematização encarregamo-nos de convertê-las em exigências para uma nova prática educativa.
"COMENTARIO SOBRE LEITURAS FREIREANAS"
Trabalho da Facul, sobre o trafico de escravos no Oceano atlantico
Atlântico Negro – Na rota dos orixás. Brasília, 1997. Filme documentário 35 mm., color. Duração: 53 minutos, 41 seg. Diretor: Renato Barbieri. Projeto e roteiro: Victor Leonardi e Renato Barbieri. Idealização e realização: Videografia, instituto Itaú Cultural. Patrocínio: Ministério da Cultura; GDF-SCE; Pólo de Cinema e Vídeo do DF; Fundação Cultural do Distrito Federal.
Na gênese de nossa formação enquanto sociedade miscigenada deste país, inegavelmente entranhada está a questão da escravidão. Nela muitos estudos se concentram, havendo exaustivas reflexões com relação ao caráter traumático inerente ao tema. Pouco se fala, entretanto, da contribuição das vitimas desta violência para com a geração da cultura híbrida que habita nossas terras. É nesta direção que se lança o intento de Renato Barbieri e Victor Leonardi, produtores do documentário “Atlântico Negro - Na rota dos orixás.”
O material cinematográfico obtido através de filmagens ocorridas tanto no Brasil quanto no Benin, calca-se fundamentalmente em propor tal perspectiva, isto é, a idéia de que o oceano fez-se elo entre dois povos, e que através dessa ligação – ainda que forçosa e desumana – tivemos a reprodução de uma cultura extremamente rica. “A África está presente no Brasil em quase todas as dimensões de sua sociedade: religiosidade, musicalidade, no gestual, na alegria, na dança.” Diz o narrador do documentário ilustrando de forma explicita o que acima fora dito.
Na pretensão de apresentar esta visão, a produção é focada em algumas personagens principais, a saber, a religião, e a comunidade dos Agudá (descendentes de brasileiros que retornaram à África), representando, respectivamente, a influência da cultura legada de lá para cá, e o desdobramento dessa cultura aqui, que faz o movimento inverso e, singularizada, para lá retorna. Temos a idéia de um dinamismo, um intercâmbio intenso e contributivo, que se reproduz de ambos os lados.
Sendo assim, Barbieri e Leonardi habilmente exploraram os artifícios que o meio de comunicação por eles escolhido lhes proporcionava. Ritmo rápido de imagens, utilização de uma narração oral, amparo teórico de autoridades, bem como representações e construções de realidades são exemplos do que fora usado na consolidação do argumento. Entrando neste âmbito, é valido dizer, que o material está voltado a divulgação da idéia defendida, e conseqüente construção de uma identificação cultural, cujo principal alvo é o público leigo, e, portanto, as técnicas supracitadas, as quais atribuem certo caráter genérico aos temas do filme, servem exatamente a este propósito.
Fato é, deste modo, que se logrou êxito no resultado almejado: Obteve-se um trabalho sério de grande valia na disseminação da cultura africana, em nossas vidas tão presente, embora ainda tão pouco por nós conhecida.
Todavia, sob o olhar critico de um especialista, “Atlântico Negro: Na rota dos orixás” merece algumas ressalvas. E ocupar-se disso foi o que fez o professor Luís Nicolau da Universidade Federal da Bahia. Nicolau reconhece a contribuição do documentário, porém recomenda cuidado com a interpretação deste para que não se incorra na simples aceitação das verdades demonstradas e impostas.
O professor, que escrevera um artigo sobre o filme, elenca alguns pontos que devem ser pensados. Para ele pecou-se contra a veracidade étnica ao se associar, incoerentemente, cenas de outras manifestações culturais a algo diverso delas que o narrador abordava. Citando-o comprovamos isso: “Cabe notar que as imagens de diversas atividades rituais que dão suporte ao discurso oral são bastante desconexas e estão montadas num ritmo rápido que em algum momento leva a certa confusão. Quando se fala, por exemplo, do culto dos orixás e voduns, mostram-se imagens dos egunguns, culto de origem ioruba dos ancestrais, que não é considerado propriamente culto dos orixás; quando se fala de Exu, mostram-se imagens de um Heviosso, vodum do trovão. Essas imprecisões podem passar despercebidas aos olhos do não-especialista, e poderiam ser consideradas licenças criativas a serviço da narrativa verbal, mas, na verdade, são esses detalhes que põem em questão a fidelidade etnográfica do documentário e que podem suscitar críticas dos participantes da religião.” (Nicolau).
A manipulação voltada para a representação da idéia que se pretende mostrar é outra critica levantada. Um exemplo claro se manifesta na relação em que todo o resto do documentário está em torno, a amizade entre o Avimanjenon e pai Euclides. Figurando como objeto central, esta amizade, estreitada pela equipe produtora – que serve como arautos das mensagens entre um e outro – aparentemente culmina na generosa e emocionada oferta de um bastão cerimonial como presente do sacerdote do Benin ao brasileiro, sendo este recebido de forma ritualística e grandiosa. O que não é mostrado, é que este ritual fora encenado para as câmeras, que pai Euclides quem pedira o presente, e que este tivera de ser comprado. Isto tudo só demonstra como o documento goza de uma enorme capacidade de montar, recortar, e reconstruir a realidade. Talvez, como bem dito por Nicolau, essas representações sejam valiosas, pois de outra forma, não se conseguiria acessar informações dignas de serem reveladas, contudo, ante esta linguagem cinematográfica, devemos ser cautelosos e ter a consciência das possibilidades que ela abrange, para que não sejamos simples assimiladores de uma verdade já digerida.
Levantada esta questão de uma verdade acabada, aproveitamos o ensejo, para analisarmos a admoestação que cremos ser a mais importante: a intransigência das informações prestadas. Como o professor da Universidade Federal da Bahia classifica, estamos diante de um texto fechado, que não permite especulações quanto ao que é apresentado. Legitima-se o que é defendido através de um narrador, sobreposto às imagens, que tudo sabe; e de depoimentos de autoridades renomadas que garantem a credibilidade do que é dito. Não há campo para interpretações, a interpretação já esta acabada e é imposta como absoluta por meios subjetivos que impedem o espectador de ter conclusões próprias. Sobre isso assim diz as palavras de Nicolau: “Formalmente, talvez, deva-se criticar a dependência excessiva da narração verbal, o que dá ao documentário um certo tom didático. A necessidade de explicar uma história complexa leva os autores a utilizarem o artifício da narração oral articulada nos comentário dos entrevistados e na voz do narrador, esta sempre onisciente e onipotente, imbuída de uma autoridade à priori inquestionável. Esse recurso relega o visual a mero suporte ilustrativo que, na sua fluida plasticidade, só serve para hipnotizar a atenção do espectador, sem deixar as imagens se mostrarem por si sós. O visual não é utilizado como recurso narrativo autônomo. Em geral, a rápida edição não dá tempo ao espectador para olhar, para ver e daí elaborar a sua própria interpretação. A combinação desses fatores faz de Atlântico Negro um texto que, utilizando as categorias de Umberto Eco, poderia ser catalogado de ‘fechado’( em oposição a um texto aberto) já que o espectador , submetido como está à tirania da palavra, não tem espaço para tirar as suas próprias conclusões.” (Nicolau).
À luz do que diz o artigo analisado, o documentário se mostra de outra maneira. Nós, que aqui fizemos estas considerações, após reflexões sobre ambos, acabamos por concordar com o autor das criticas, e como ele, entendemos que a obra de Barbieri e Leonardi se trata de uma louvável iniciativa, que apresenta uma excelente proposta. Esta, porém, deve ser absorvida com a consciência dos artifícios utilizados na sua construção. Abdicando-se da aceitação cega do que ali é exposto, temos em “Atlântico Negro” uma boa fonte de informações, e um belo trabalho que com muita competência é digno de méritos no que se propõe a fazer. Mais ainda do que isso, acreditamos que a produção é deverás contributiva, pois lança-se em um terreno ainda não desbravado, ato, o qual, se tomado por exemplo, nos renderá edificante discussão, que então aprofundará a temática, e ampliando as possibilidades de visão, suprirá a grande heresia desta produção pioneira: a não abertura para o pensar.
"ESSE COMENTARIO FOI BASEADO NO DOCUMENTARIO "ATLANTICO NEGRO, A ROTA DOS ORIXAS"
Na gênese de nossa formação enquanto sociedade miscigenada deste país, inegavelmente entranhada está a questão da escravidão. Nela muitos estudos se concentram, havendo exaustivas reflexões com relação ao caráter traumático inerente ao tema. Pouco se fala, entretanto, da contribuição das vitimas desta violência para com a geração da cultura híbrida que habita nossas terras. É nesta direção que se lança o intento de Renato Barbieri e Victor Leonardi, produtores do documentário “Atlântico Negro - Na rota dos orixás.”
O material cinematográfico obtido através de filmagens ocorridas tanto no Brasil quanto no Benin, calca-se fundamentalmente em propor tal perspectiva, isto é, a idéia de que o oceano fez-se elo entre dois povos, e que através dessa ligação – ainda que forçosa e desumana – tivemos a reprodução de uma cultura extremamente rica. “A África está presente no Brasil em quase todas as dimensões de sua sociedade: religiosidade, musicalidade, no gestual, na alegria, na dança.” Diz o narrador do documentário ilustrando de forma explicita o que acima fora dito.
Na pretensão de apresentar esta visão, a produção é focada em algumas personagens principais, a saber, a religião, e a comunidade dos Agudá (descendentes de brasileiros que retornaram à África), representando, respectivamente, a influência da cultura legada de lá para cá, e o desdobramento dessa cultura aqui, que faz o movimento inverso e, singularizada, para lá retorna. Temos a idéia de um dinamismo, um intercâmbio intenso e contributivo, que se reproduz de ambos os lados.
Sendo assim, Barbieri e Leonardi habilmente exploraram os artifícios que o meio de comunicação por eles escolhido lhes proporcionava. Ritmo rápido de imagens, utilização de uma narração oral, amparo teórico de autoridades, bem como representações e construções de realidades são exemplos do que fora usado na consolidação do argumento. Entrando neste âmbito, é valido dizer, que o material está voltado a divulgação da idéia defendida, e conseqüente construção de uma identificação cultural, cujo principal alvo é o público leigo, e, portanto, as técnicas supracitadas, as quais atribuem certo caráter genérico aos temas do filme, servem exatamente a este propósito.
Fato é, deste modo, que se logrou êxito no resultado almejado: Obteve-se um trabalho sério de grande valia na disseminação da cultura africana, em nossas vidas tão presente, embora ainda tão pouco por nós conhecida.
Todavia, sob o olhar critico de um especialista, “Atlântico Negro: Na rota dos orixás” merece algumas ressalvas. E ocupar-se disso foi o que fez o professor Luís Nicolau da Universidade Federal da Bahia. Nicolau reconhece a contribuição do documentário, porém recomenda cuidado com a interpretação deste para que não se incorra na simples aceitação das verdades demonstradas e impostas.
O professor, que escrevera um artigo sobre o filme, elenca alguns pontos que devem ser pensados. Para ele pecou-se contra a veracidade étnica ao se associar, incoerentemente, cenas de outras manifestações culturais a algo diverso delas que o narrador abordava. Citando-o comprovamos isso: “Cabe notar que as imagens de diversas atividades rituais que dão suporte ao discurso oral são bastante desconexas e estão montadas num ritmo rápido que em algum momento leva a certa confusão. Quando se fala, por exemplo, do culto dos orixás e voduns, mostram-se imagens dos egunguns, culto de origem ioruba dos ancestrais, que não é considerado propriamente culto dos orixás; quando se fala de Exu, mostram-se imagens de um Heviosso, vodum do trovão. Essas imprecisões podem passar despercebidas aos olhos do não-especialista, e poderiam ser consideradas licenças criativas a serviço da narrativa verbal, mas, na verdade, são esses detalhes que põem em questão a fidelidade etnográfica do documentário e que podem suscitar críticas dos participantes da religião.” (Nicolau).
A manipulação voltada para a representação da idéia que se pretende mostrar é outra critica levantada. Um exemplo claro se manifesta na relação em que todo o resto do documentário está em torno, a amizade entre o Avimanjenon e pai Euclides. Figurando como objeto central, esta amizade, estreitada pela equipe produtora – que serve como arautos das mensagens entre um e outro – aparentemente culmina na generosa e emocionada oferta de um bastão cerimonial como presente do sacerdote do Benin ao brasileiro, sendo este recebido de forma ritualística e grandiosa. O que não é mostrado, é que este ritual fora encenado para as câmeras, que pai Euclides quem pedira o presente, e que este tivera de ser comprado. Isto tudo só demonstra como o documento goza de uma enorme capacidade de montar, recortar, e reconstruir a realidade. Talvez, como bem dito por Nicolau, essas representações sejam valiosas, pois de outra forma, não se conseguiria acessar informações dignas de serem reveladas, contudo, ante esta linguagem cinematográfica, devemos ser cautelosos e ter a consciência das possibilidades que ela abrange, para que não sejamos simples assimiladores de uma verdade já digerida.
Levantada esta questão de uma verdade acabada, aproveitamos o ensejo, para analisarmos a admoestação que cremos ser a mais importante: a intransigência das informações prestadas. Como o professor da Universidade Federal da Bahia classifica, estamos diante de um texto fechado, que não permite especulações quanto ao que é apresentado. Legitima-se o que é defendido através de um narrador, sobreposto às imagens, que tudo sabe; e de depoimentos de autoridades renomadas que garantem a credibilidade do que é dito. Não há campo para interpretações, a interpretação já esta acabada e é imposta como absoluta por meios subjetivos que impedem o espectador de ter conclusões próprias. Sobre isso assim diz as palavras de Nicolau: “Formalmente, talvez, deva-se criticar a dependência excessiva da narração verbal, o que dá ao documentário um certo tom didático. A necessidade de explicar uma história complexa leva os autores a utilizarem o artifício da narração oral articulada nos comentário dos entrevistados e na voz do narrador, esta sempre onisciente e onipotente, imbuída de uma autoridade à priori inquestionável. Esse recurso relega o visual a mero suporte ilustrativo que, na sua fluida plasticidade, só serve para hipnotizar a atenção do espectador, sem deixar as imagens se mostrarem por si sós. O visual não é utilizado como recurso narrativo autônomo. Em geral, a rápida edição não dá tempo ao espectador para olhar, para ver e daí elaborar a sua própria interpretação. A combinação desses fatores faz de Atlântico Negro um texto que, utilizando as categorias de Umberto Eco, poderia ser catalogado de ‘fechado’( em oposição a um texto aberto) já que o espectador , submetido como está à tirania da palavra, não tem espaço para tirar as suas próprias conclusões.” (Nicolau).
À luz do que diz o artigo analisado, o documentário se mostra de outra maneira. Nós, que aqui fizemos estas considerações, após reflexões sobre ambos, acabamos por concordar com o autor das criticas, e como ele, entendemos que a obra de Barbieri e Leonardi se trata de uma louvável iniciativa, que apresenta uma excelente proposta. Esta, porém, deve ser absorvida com a consciência dos artifícios utilizados na sua construção. Abdicando-se da aceitação cega do que ali é exposto, temos em “Atlântico Negro” uma boa fonte de informações, e um belo trabalho que com muita competência é digno de méritos no que se propõe a fazer. Mais ainda do que isso, acreditamos que a produção é deverás contributiva, pois lança-se em um terreno ainda não desbravado, ato, o qual, se tomado por exemplo, nos renderá edificante discussão, que então aprofundará a temática, e ampliando as possibilidades de visão, suprirá a grande heresia desta produção pioneira: a não abertura para o pensar.
"ESSE COMENTARIO FOI BASEADO NO DOCUMENTARIO "ATLANTICO NEGRO, A ROTA DOS ORIXAS"
domingo, 18 de julho de 2010
Um Pensamento...uma Vida...Um mundo...Um barco
Não quero imaginar o que pode acontecer
Não espero mais nada, desse mundo de desigualdades e frustrações
Os adultos fazem de tudo para acabar uns com os outros
As armas cada mais cedo chegam as mãos de crianças
As crianças cada vez mais cedo perdem a infância
Os adultos agem como crianças
As crianças e os adultos cada vês estão mais distantes
Vivem no mesmo mundo, mas, não falam a mesma língua
O respeito; acabou há muito tempo,
Adultos e crianças...
Os adultos se afundam num mar de lama
A lama na verdade é mais limpa que muitos adultos
Os adultos por sua vez sujam essa lama
Na verdade; a lama esta suja de adultos
Adultos que não são felizes; por que se matam;
Matam-se às vezes por lugares cheios de lama
E puxam suas crianças para dentro dessa lama
Crianças que também jogam adultos na lama
Crianças e adultos dentro da mesma lama
Crianças e adultos...
Um mar de lama esta ai pra quem quiser nadar,
Nadar de braçada;
Ou dar uma braçada em que esta mais próximo,
Quem esta mais próximo?
O mais próximo vai ser afundado primeiro
Pra que se aumente o espaço no mar de lama
Adultos afundam crianças no seu mar de lama
Crianças que nem sabem nadar
Mais está mais próximo
Crianças que tentam se defender
Defender-se como?
De quem?
Reações...
Ligeiras, rápidas, ariscas!
Adultos e crianças...
Por quanto tempo esse barco chamado humanidade vai aturar
Sem se afundar por completo nesse mar de lama que sujamos a cada dia
Naufrágio...
Por completo, adultos e crianças, adultos e crianças.
Nadando de braçada num mar de lama,
Em que eles mesmos fizeram questão de se colocar,
Em que eles mesmos fizeram questão de se afundar,
O barco chamado humanidade
Culpa de quem?...
Se é que alguém tem culpa...
Todos somos humanos
E estamos dentro desse barco, que esta a deriva num mar de lama
Onde muitos se afundam
Jogam-se de cabeça, mergulham
Cada vez mais próximos do fundo
Que fundo? Por que o fundo?
Estamos afundando o nosso próprio barco
Kamikazes do apocalipse...
Afundando a humanidade por conquista de espaço
Espaço que sempre esteve ai
Espaço que sempre coube todos
Ambição ou negligencia?
Somos negligentes, não percebemos
Que estamos matando os futuros condutores desse barco
Estamos fazendo com que eles cresçam como a gente
E afundem o mais próximo para aumentar seus espaços
Adultos matando crianças
Crianças matando adultos
Crianças matando crianças
Não temos mais controle dessa situação
Alias...
Ninguém tem.
A pobreza gera a roda da riqueza
Ainda da lucro a poucos
E esses poucos matam muitos
Inclusive crianças
E suas crianças já não são mais crianças
Ambição; adultos ambiciosos
Matam as crianças, de fome, de frio, de medo
Adultos que tem medo de sua própria ambição,
Tem medo de suas crianças.
Fome!
crianças morrem de fome, adultos morrem de fome
Que fome?
Todos sentem algum tipo de fome
E afundam o mais próximo pra matar sua fome
Se saciar, com o poder, com o luxo
Mais matam crianças pra matar sua fome, sua ambição
Crianças que não tem ambição
Ou tem?
Crianças que ambicionam pouco
Apenas matar sua fome
Crianças que não tem fome
Crianças que não tem nada
Afundamos o barco da infância
Conseguimos acabar com tudo
Mais precisamos das crianças
Adultos pensam nas crianças
Crianças pensam nos adultos
Pensamento de criança...
Crianças que não vieram ao mundo por maldade dos adultos
Alias não pediram pra vir, mesmo assim vieram
Mais sofrem com a mesma maldade
A voz de quem não tem voz
A voz de criança
Palavras de criança
Ambição de criança
Gritar pra quem? Pedir pra quem?
“NÃO SEI NADAR!!”
Mais meu barco ta afundando
Vocês estão afundando meu barco...
Com a sua negligencia e sua ambição
O grito da criança
Adultos, nos ouçam
Parem as maquinas
De matar, de escrever, de voar, de contar.
E contem as crianças que voces matam todos os anos
Contem quantas crianças não sabem escrever,
Quantas crianças não tem o que comer, onde dormir, enfim...
Parem de voar em seus devaneios
E voltem a esse barco que estão afundando
O barco da humanidade
Não espero mais nada, desse mundo de desigualdades e frustrações
Os adultos fazem de tudo para acabar uns com os outros
As armas cada mais cedo chegam as mãos de crianças
As crianças cada vez mais cedo perdem a infância
Os adultos agem como crianças
As crianças e os adultos cada vês estão mais distantes
Vivem no mesmo mundo, mas, não falam a mesma língua
O respeito; acabou há muito tempo,
Adultos e crianças...
Os adultos se afundam num mar de lama
A lama na verdade é mais limpa que muitos adultos
Os adultos por sua vez sujam essa lama
Na verdade; a lama esta suja de adultos
Adultos que não são felizes; por que se matam;
Matam-se às vezes por lugares cheios de lama
E puxam suas crianças para dentro dessa lama
Crianças que também jogam adultos na lama
Crianças e adultos dentro da mesma lama
Crianças e adultos...
Um mar de lama esta ai pra quem quiser nadar,
Nadar de braçada;
Ou dar uma braçada em que esta mais próximo,
Quem esta mais próximo?
O mais próximo vai ser afundado primeiro
Pra que se aumente o espaço no mar de lama
Adultos afundam crianças no seu mar de lama
Crianças que nem sabem nadar
Mais está mais próximo
Crianças que tentam se defender
Defender-se como?
De quem?
Reações...
Ligeiras, rápidas, ariscas!
Adultos e crianças...
Por quanto tempo esse barco chamado humanidade vai aturar
Sem se afundar por completo nesse mar de lama que sujamos a cada dia
Naufrágio...
Por completo, adultos e crianças, adultos e crianças.
Nadando de braçada num mar de lama,
Em que eles mesmos fizeram questão de se colocar,
Em que eles mesmos fizeram questão de se afundar,
O barco chamado humanidade
Culpa de quem?...
Se é que alguém tem culpa...
Todos somos humanos
E estamos dentro desse barco, que esta a deriva num mar de lama
Onde muitos se afundam
Jogam-se de cabeça, mergulham
Cada vez mais próximos do fundo
Que fundo? Por que o fundo?
Estamos afundando o nosso próprio barco
Kamikazes do apocalipse...
Afundando a humanidade por conquista de espaço
Espaço que sempre esteve ai
Espaço que sempre coube todos
Ambição ou negligencia?
Somos negligentes, não percebemos
Que estamos matando os futuros condutores desse barco
Estamos fazendo com que eles cresçam como a gente
E afundem o mais próximo para aumentar seus espaços
Adultos matando crianças
Crianças matando adultos
Crianças matando crianças
Não temos mais controle dessa situação
Alias...
Ninguém tem.
A pobreza gera a roda da riqueza
Ainda da lucro a poucos
E esses poucos matam muitos
Inclusive crianças
E suas crianças já não são mais crianças
Ambição; adultos ambiciosos
Matam as crianças, de fome, de frio, de medo
Adultos que tem medo de sua própria ambição,
Tem medo de suas crianças.
Fome!
crianças morrem de fome, adultos morrem de fome
Que fome?
Todos sentem algum tipo de fome
E afundam o mais próximo pra matar sua fome
Se saciar, com o poder, com o luxo
Mais matam crianças pra matar sua fome, sua ambição
Crianças que não tem ambição
Ou tem?
Crianças que ambicionam pouco
Apenas matar sua fome
Crianças que não tem fome
Crianças que não tem nada
Afundamos o barco da infância
Conseguimos acabar com tudo
Mais precisamos das crianças
Adultos pensam nas crianças
Crianças pensam nos adultos
Pensamento de criança...
Crianças que não vieram ao mundo por maldade dos adultos
Alias não pediram pra vir, mesmo assim vieram
Mais sofrem com a mesma maldade
A voz de quem não tem voz
A voz de criança
Palavras de criança
Ambição de criança
Gritar pra quem? Pedir pra quem?
“NÃO SEI NADAR!!”
Mais meu barco ta afundando
Vocês estão afundando meu barco...
Com a sua negligencia e sua ambição
O grito da criança
Adultos, nos ouçam
Parem as maquinas
De matar, de escrever, de voar, de contar.
E contem as crianças que voces matam todos os anos
Contem quantas crianças não sabem escrever,
Quantas crianças não tem o que comer, onde dormir, enfim...
Parem de voar em seus devaneios
E voltem a esse barco que estão afundando
O barco da humanidade
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Poesia
Poesia Pronunciada Por Palavras Pequenas,
Porem Profundas;
Perigosos Precipícios, Para Pobres Plebeus;
Pontes Partidas, Portas Proibidas.
Perigo!
Policiais, Propagam Pânico;
Pauladas, Pancadas, Porradas;
Preparo? Pouco
Piedade? Por Pobres? Para!
Pagou Pedágio?
Pode Passar;
Pó, Pedra, Pinga Papelote,
Pode Piorar;
Protestantes Pisoteados
Por Porcos Portando Porretes;
Pelo Prazer.
Pilantragem, Politicagem, Porões, Prisões.
Parceiros Proclamam Pelo Pai;
Pedem Paz Para Periferia.
Pensamentos, Ponderações, Poesias;
Paciência, Paciência!
Padecemos, Procurando Pelo Paraíso;
Pronunciado Pelo Profeta.
Políticos Picaretas, Pançudos, Preguiçosos;
Prometem, Profanam;
Para, Para, Para!
Parecemos Perdidos;
Parasitamos Paralisados,
Pelas Políticas Publicas Paradas.
Povo Preto, Pessoas Pobres;
Passam Profundas Privações.
Periferias, Palafitas, Pombais;
Panfletos Passam Propaganda Pornográfica;
Pretinha Preciosa Parece Princesa;
Pequena Pantera, Peitinho Pequeno.
“Popança” Perfeita;
Pagou Pelo Programa, Pode Pegar.
Para Panacas Precisa Pedir Proteção.
Patifaria, Palhaçada, Prostituição.
Parceiro;
Para, Pensa, Pondera;
Pode Pedir Perdão.
Prepare-se Para Piores Previsões...
Para Patifes Poderosos;
Parabéns Pela Pedagogia.
Para Permanecerem Plenamente;
Parados...
Pareço Psicótico?
Pasmem Poesia Proporcionada;
Por Pura, Paranóia.
By Alex Bahia 29/05/2010
Porem Profundas;
Perigosos Precipícios, Para Pobres Plebeus;
Pontes Partidas, Portas Proibidas.
Perigo!
Policiais, Propagam Pânico;
Pauladas, Pancadas, Porradas;
Preparo? Pouco
Piedade? Por Pobres? Para!
Pagou Pedágio?
Pode Passar;
Pó, Pedra, Pinga Papelote,
Pode Piorar;
Protestantes Pisoteados
Por Porcos Portando Porretes;
Pelo Prazer.
Pilantragem, Politicagem, Porões, Prisões.
Parceiros Proclamam Pelo Pai;
Pedem Paz Para Periferia.
Pensamentos, Ponderações, Poesias;
Paciência, Paciência!
Padecemos, Procurando Pelo Paraíso;
Pronunciado Pelo Profeta.
Políticos Picaretas, Pançudos, Preguiçosos;
Prometem, Profanam;
Para, Para, Para!
Parecemos Perdidos;
Parasitamos Paralisados,
Pelas Políticas Publicas Paradas.
Povo Preto, Pessoas Pobres;
Passam Profundas Privações.
Periferias, Palafitas, Pombais;
Panfletos Passam Propaganda Pornográfica;
Pretinha Preciosa Parece Princesa;
Pequena Pantera, Peitinho Pequeno.
“Popança” Perfeita;
Pagou Pelo Programa, Pode Pegar.
Para Panacas Precisa Pedir Proteção.
Patifaria, Palhaçada, Prostituição.
Parceiro;
Para, Pensa, Pondera;
Pode Pedir Perdão.
Prepare-se Para Piores Previsões...
Para Patifes Poderosos;
Parabéns Pela Pedagogia.
Para Permanecerem Plenamente;
Parados...
Pareço Psicótico?
Pasmem Poesia Proporcionada;
Por Pura, Paranóia.
By Alex Bahia 29/05/2010
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Garçon, depois do PANETONE, por favor traz uma PIZZA de mozarela...
Matéria do site - Terra noticias
O governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM - DF), pediu pizzas para jantar, na noite dessa quinta-feira, na cela especial na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde está preso, segundo informações da rede de notícias GloboNews. A decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o habeas-corpus apresentado pela defesa do governador sairá apenas na sexta-feira, segundo informação da assessoria de imprensa do Supremo.
Opinião do blogueiro
Car@s companheiros, que louco isso, não acham?
o cara foi preso, ponto pra justiça - lerda e atrazada, mais tudo bem - que colocou esse safado na grade, ou não...pq o cara tirou com a cara dos PF's e de todos os Brasileiros ao prever como isso tudo vai acabar, pediu pizza...SERIA CÔMICO, SE NÃO FOSSE TRÁGICO, queria ver se os presos comuns no Brasil resolvessem pedir seu próprio jantar, o que será que eles pediriam?
Vamos acordar minha gente, é ano eleitoral, vamos esquecer um pouquinho essa folia desenfreada que a midia coloca dentro da sua casa chamada de carnaval, vamos atrás de saber quem são os possíveis futuros governantes dessa nação, vamos enfim colocar em pratica o nosso "direito" de cidadão e votar com consciência, conhecendo os candidatos e tirando pilantras como esse Arruda de circulação,cassar seus direitos politicos e torna-lo inelegível, não fazer como aconteceu com Fernando Collor, depois de um tempo o cara volta e o povo o elege um dos senadores mais bem votados do país, minha gente estamos assinando atestado de burrice.
Haaaa, só pra não esquecer, ainda foi um dos nossos que foi entregar a pizza, um motoboy, morador da periferia que precisa defender o pão de cada dia.
domingo, 31 de janeiro de 2010
EU SOU LOUCO, MAS SOU FELIZ DE VERDADE. NÃO POR QUE O GOVERNO DIZ...
MATÉRIA TVB...
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, em parceria com o Insituto Visão Futuro, uma ONG paulista, de Porongaba, iniciou um levantamento para entender como os moradores do bairro Campo Belo, se sentem vivendo num bairro operário e localizado na periferia de Campinas.
O FIB é um índice trazido de outros países. Ele tem como objetivo estabelecer parametros diferentes do PIB (índice que mede o Produto Interno Bruto) e mostrar se é possível viver bem, mesmo em condições diferentes dos povos que habitam em países desenvolvidos, que apresentam um PIB elevado.
O repórter, Pedro Simon Camarão, foi ouvir alguns dos moradores pesquisados e como a aplicação desse levantamento vai ajudar a população.
OPNIÃO DO BLOGUEIRO
Precisa? como numa comunidade onde 60% das pessoas são felizes o descasso do poder publico é tão grande...como ser feliz, sem , Saúde, Transporte, Educação enfim.
Depois eu é que sou louco. MAs é claro né? 60% das pessoas são felizes, eu só queria saber, como podemos ser felizes com as condições que ai estão, cade a qualidade de vida?...enfim, eu sou louco...rs
LEIAM A MATÉRIA ABAIXO E DIGAM SE O GOVERNO FAZ ALGUEM FELIZ POR AQUI!
A Problematica, segue...e a Qualidade? Haaa ta! Era só pro prefeito ver. né?
MATERIA COSMO ON LINE...
Uma cena surreal. Até parece uma das crateras que apareceram no Haiti, mas não é. Um Fusca ano 1960 foi engolido na manhã desta segunda-feira (25) por uma cratera aberta na Rua Projetada, no Jardim Campo Belo 1, em Campinas.
O dono do carro, o prestador de serviços Mário Soares, 47 anos, contou que andava pela rua quando viu um buraco na frente, revolveu retornar, mas ao dar ré no carro, sentiu que o veículo estava afundando no asfalto. 'Achei que o carro estava com o pneu furado, porque ele inclinou para um lado', contou.
O asfalto cedeu e engoliu o Fusca e o motorista. Soares conseguiu sair ileso do carro que ficou preso na cratera. Um pouco mais a frente outras duas crateras enormes no asfalto. O dono do carro contou que chegou a ligar na Prefeitura e na Sanasa contando o ocorrido, aguardou, mas algumas horas depois o carro continuava no buraco.
Foi então que um amigo dele emprestou um trator e conseguiu retirar o carro do local, que não ficou danificado. 'Ele só bateu o para-lama quando o asfalto caiu, não estragou nada', contou Soares.
Moradora da rua, a subgerente Adriana Godoy, 34 anos, ficou surpresa com o que havia acontecido. 'Fiquei espantada, preocupada se havia machucado alguém. Pensei como é que caberia um Fusca dentro de um buraco? Passaram o asfalto aqui nas principais ruas, faz pouco tempo, cerca de um ano. Logo depois abriu um buraco que a Prefeitura veio e tapou, mas toda vez que chove abre uma cratera', contou.
De acordo com ela, o ônibus que passa na via estava desviando o trajeto. 'Quem mora lá embaixo está tendo que andar até a pista porque não tem jeito do ônibus descer. É uns 20 minutos de caminhada', contou. Segundo Adriana, no início da noite a cratera continuava aberta. 'É um perigo, principalmente porque tem muita criança que passa por ali' , afirmou.
A assessoria de imprensa da Prefeitura foi procurada, mas informou que em virtude do horário, por volta das 18h30, não tinha como checar as informações sobre a cratera, mas que vai verificar o que aconteceu.
OPNIÃO DO BLOGUEIRO...
Acredito que, fazer comparação com o Haiti é exagero, mas enfim, se não tem como e ninguem disse nada eu vou disser agora.
A algum tempo venho falando dos desabamentos de ruas aqui no Jd. Campo Belo, não tem tido resultado, fiz reclamações desde a SANASA, que é a responsavel pelas obras de instalação da rede de captação de esgoto,passando pela Prefeitura Municipal de Campinas, até a empresa responsavel pela execução das obras, enfim o velho jogo de empurra, de um pro outro. Com as chuvas constantes, a situação no bairro esta muito ruim, e ninguem tem tomado uma atitude efetiva para resolver a situação, na Administração Regional a disculpa, para o descaso é sempre a mesma, não temos maquinas para isso.
É minha gente, a coisa ta feia mesmo, mas fazer o que né? o prefeito ja veio e inaugurou, com certeza não voltara, pra ver esse buraco, ta ai, falta de aviso não foi, ou voces acharam que a referida rua era imune a infiltração de agua? bom cansei de falar pra voces, agora o que nos resta é sermos comparado ao HAITI, pelo amor de Deus né? não dava pra escrever outra coisa? tipo, ASFALTO DE MÁ QUALIDADE, DESABA EM MAIS UMA OBRA DA PREFEITURA MUNICIPAL...pois comparar um buraco, com a tragédia Haitiana foi exagero pra vender jornal.
domingo, 24 de janeiro de 2010
...A Televisão e seus "personagens"...
Há uns dias atrás, eu estava lendo um texto do Ferrez, onde ele trazia alguns estigmas da televisão Brasileira. Parei pra reparar em uns programas e realmente enxerguei o que ele estava tentando dizer. Coincidência ou não, parei na TV Bandeirantes, num programa chamado “ESCOLINHA MUITO LOUCA”, uma cópia fiel à antiga “ESCOLINHA DO PROFESSOR RAIMUNDO”, comandada por Chico Anísio, foi durante anos líder de audiência na Rede Globo, bom voltando a ESCOLINHA MUITO LOUCA, comandada por Sidney Magal, não tem o mesmo ibope que a versão da Globo, mas continua com os mesmos estigmas e preconceitos contra o povo desse Brasil, cara! É impressionante o quanto se deixa de aprender quando paramos pra assistir esses programas,
A atração fica durante 45 minutos no ar, e mostra alguns personagens mais que clichês
na atração tem um NORDESTINO, chamado AMADO SEVERO, que interpreta o “clichezão” do povo dessa terra, ele mostra um nordestino manipulado, bravo/ignorante – como se todo nordestino agisse dessa forma – tem uma BAHIANA que putzzz, aí fudeu, colocaram a mulher Baiana como o alvo de novo, ela não consegue responder a nenhuma pergunta do “PROFESSOR MAGAL” e no final ainda toca um instrumento de percussão e rebola – ahn!, conseguiram sacar? - .
Mais o pior mesmo é feito com o publico LGBTT, um personagem com o nome RAUL PITT BULL interpretado pelo ator Matheus Carieri – é aquele mesmo dos filmes pornô e da casa dos Artistas – onde ele é um homossexual que não se assume, e quando ele “incorpora o gay” todos da sala ficam gritando “ENTRA HOMEM”, cara, não sei se eu viajo tanto, mas na moral, que M...é essa?. E o povo do santo, do Candomblé, das religiões de matrizes africanas, que não é representado, mas sim, satirizado no personagem DIEGO VAREJÃO, onde ele se veste de “guru”, mas sempre faz uma “MANDINGA” com o fundo musical de tambores africanos. Entre outras coisas que rolam dentro do programa tem “A PATRICINHA, que vive esbanjando dinheiro e dizendo que o pai é milionário”, nossa mano, alguém me segura...por que tem um personagem chamado NÓIA PINÓIA, que é o perfil do favelado na televisão, tem cara de bandido, fala gíria, usa touca e toda vez que o personagem fala ao telefone, a conversa tem um duplo sentido, da a entender aos outros da sala que ele esta fazendo algo ilícito. Tem o senhor aposentado – como sexólogo – ou seja, a terceira idade não sente tesão, não tem mais desejo.
Meu muito louco essa parada de ficar, vendo esses pequenos preconceitos com o nosso povo, com a nossa diversidade, seja cultural, sexual ou religiosa, enquanto a televisão mostra esses clichês, o povo vai abraçando e assistindo e dando ibope...isso mesmo continuem no mundinho por que eu...Desliguei a televisão.
FERREZ - Visite o blog e saiba mais.
www.ferrez.blogspot.com
A atração fica durante 45 minutos no ar, e mostra alguns personagens mais que clichês
na atração tem um NORDESTINO, chamado AMADO SEVERO, que interpreta o “clichezão” do povo dessa terra, ele mostra um nordestino manipulado, bravo/ignorante – como se todo nordestino agisse dessa forma – tem uma BAHIANA que putzzz, aí fudeu, colocaram a mulher Baiana como o alvo de novo, ela não consegue responder a nenhuma pergunta do “PROFESSOR MAGAL” e no final ainda toca um instrumento de percussão e rebola – ahn!, conseguiram sacar? - .
Mais o pior mesmo é feito com o publico LGBTT, um personagem com o nome RAUL PITT BULL interpretado pelo ator Matheus Carieri – é aquele mesmo dos filmes pornô e da casa dos Artistas – onde ele é um homossexual que não se assume, e quando ele “incorpora o gay” todos da sala ficam gritando “ENTRA HOMEM”, cara, não sei se eu viajo tanto, mas na moral, que M...é essa?. E o povo do santo, do Candomblé, das religiões de matrizes africanas, que não é representado, mas sim, satirizado no personagem DIEGO VAREJÃO, onde ele se veste de “guru”, mas sempre faz uma “MANDINGA” com o fundo musical de tambores africanos. Entre outras coisas que rolam dentro do programa tem “A PATRICINHA, que vive esbanjando dinheiro e dizendo que o pai é milionário”, nossa mano, alguém me segura...por que tem um personagem chamado NÓIA PINÓIA, que é o perfil do favelado na televisão, tem cara de bandido, fala gíria, usa touca e toda vez que o personagem fala ao telefone, a conversa tem um duplo sentido, da a entender aos outros da sala que ele esta fazendo algo ilícito. Tem o senhor aposentado – como sexólogo – ou seja, a terceira idade não sente tesão, não tem mais desejo.
Meu muito louco essa parada de ficar, vendo esses pequenos preconceitos com o nosso povo, com a nossa diversidade, seja cultural, sexual ou religiosa, enquanto a televisão mostra esses clichês, o povo vai abraçando e assistindo e dando ibope...isso mesmo continuem no mundinho por que eu...Desliguei a televisão.
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